Método ótico usa referências de cor para medir densidade da fumaça
A emissão de fumaça por motores a diesel é uma preocupação em obras rodoviárias devido à nocividade dos gases gerados por esse tipo de combustão, que podem acarretar poluição do ar e prejuízo ao meio ambiente, bem como problemas de saúde àqueles que têm contato mais direto com as fontes de emissão, os colaboradores do empreendimento e a população residente no entorno.
Para monitorar a emissão de gases no Contorno Rodoviário de Barra do Garças, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), por meio da Gestão Ambiental, utiliza a Escala Ringelmann. É um método ótico que consiste em uma escala de cinza usada como referência para medir a tonalidade da fumaça liberada pelos motores.
A metodologia sugerida pelo Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) usa o cartão Índice de Fumaça Tipo Ringelmann Reduzida. Esse acessório dispõe os valores de referência em volta de um orifício, que permite ao técnico visualizar e comparar o nível de fuligem emitido pelas máquinas e veículos com cada um dos cinco padrões da escala.
Cada padrão representa um nível de densidade de coloração da fumaça, que inicia com 20% (padrão nº 1), 40% (nº 2), 60% (nº 3), 80% (nº 4) e 100% (nº 5), este último representado pela cor mais escura. Quanto maior a densidade, mais poluente são as partículas geradas.
Segundo a resolução do CONTRAN nº 510, de 15 de fevereiro de 1977, e a Portaria Ministerial nº 100, de 14 de julho de 1980, a emissão de fumaça por veículos, equipamentos e máquinas movidos a diesel não pode exceder o padrão nº 2, quando emitidos em locais situados até 500 metros acima do nível do mar e o padrão nº 3, em localidades acima desta altitude.
Essas e outras informações colhidas em campo, como o nível de poeira nas frentes de serviços, subsidiam a tomada de medidas mitigadoras para manter a obra ambientalmente correta.