Gestão Ambiental usa medidor de pressão sonora para monitoramento de ruídos no trecho em obras
Nociva aos trabalhadores diretamente envolvidos, a emissão de ruídos durante as obras da fase de instalação do Contorno Rodoviário de Barra do Garças, na BR-070/MT, é monitorada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). Entre os serviços de Gestão Ambiental do empreendimento, a autarquia executa o Programa de Monitoramento de Ruídos, que busca acompanhar os níveis sonoros, a fim de mantê-los abaixo dos limites técnicos permitidos.
Os níveis de emissão de ruídos são monitorados em campanhas trimestrais, cuja medição é feita com a utilização do aparelho denominado sonômetro. Durante o monitoramento são realizadas aferições no canteiro de obras, nas frentes de trabalho e em pontos da área urbanizada do Contorno Rodoviário de Barra do Garças.
Além da pressão sonora, medida em decibéis (dB), outro fator que determina o prejuízo à saúde ocasionado por esses sons é o tempo de exposição.
Os níveis de ruídos devem respeitar os limites de tolerância da Norma Regulamentadora (NR) nº 15, do Ministério da Economia, ao passo que os trabalhadores realizem suas atividades em exposição de ruído abaixo do limite máximo estabelecido na legislação. Cabe destacar a importância de medidas mitigadoras, como a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) de uso auricular, conforme estabelece a regulamentação.
Ruídos de diversas naturezas e intensidades são comuns na construção civil e constante alvos de preocupação, devido ao efeito que causam em quem está exposto a eles.
Os mais vulneráveis aos sons são os trabalhadores diretos do empreendimento, em contato próximo com a fonte de ruído, geralmente, durante algumas horas. Quando há monitoramento e controle da poluição sonora, possíveis transtornos a moradores e comerciantes, que ocupam o entorno das obras, são minimizados.
Nos canteiros de obras, os ruídos estão entre as condições que tornam a atividade insalubre, conforme a NR-15. São sons desagradáveis, que podem ser contínuos (geladeiras, máquinas em operação), intermitentes (britadeiras, furadeiras) ou de impacto (martelos, explosões).
Acima dos decibéis permitidos, esse ruído causa prejuízos à saúde humana como traumas nos tímpanos, zumbidos e perda da audição.
Mas os efeitos auditivos não são os únicos. A exposição prolongada a esses tipos de estímulos sonoros pode levar ao desenvolvimento de pressão arterial e problemas cardíacos, quadros respiratórios como bronquites, alterações na função intestinal, irritabilidade, fadiga, disfunção no sistema reprodutor, baixa produtividade e outros.
Por isso, além dos protetores auriculares, de uso obrigatório nas frentes de trabalho, durante o expediente, também é necessário o planejamento físico dos locais, isolando setores barulhentos entre outras medidas. O constante controle do funcionamento das fontes sonoras é outra etapa do trabalho preventivo e inclui a manutenção frequente dos equipamentos e maquinários.