Monitoramento controla níveis de fumaça emitida nas obras do contorno rodoviário
Um dos principais fatores de poluição do ar encontrado nas cidades é a combustão de motores de veículos movidos a combustíveis derivados do petróleo. A fumaça preta está entre os componentes emitidos por motores a diesel altamente tóxicos e prejudiciais à saúde.
Esse composto gasoso possui principalmente carbono pulverizado e resulta da queima incompleta do diesel, decorrente de algum problema mecânico no sistema de combustão dos veículos. Assim, essa fumaça escura é um sinal importante de falta de manutenção, que não deve ser ignorado.
Para acontecer, a combustão depende do calor e do oxigênio. Mas quando não há ar suficiente durante o processo, o diesel fica super aquecido e não é queimado totalmente.
O problema pode acontecer em decorrência de um carburador mal ajustado, obstruções no filtro de ar ou outros defeitos mecânicos.
Inalar desse tipo de material por tempo prolongado é muito prejudicial à saúde, podendo atuar no desenvolvimento de doenças respiratórias ou agravar quadros existentes. Substâncias tóxicas presentes na fumaça também estão associadas a redução da resistência do corpo a infecções, irritação nos olhos e intoxicação do sistema nervoso central.
Por isso, a emissão de fumaça preta é controlada no Brasil pela portaria nº 100, de 14 de julho de 1980, do Ministério do Interior (órgão extinto), e pela Portaria 85, de 17 de outubro de 1996, do IBAMA. Segundo essas normatizações, a emissão de fumaça preta por veículos movidos a diesel não poderá exceder ao padrão 2 da Escala Ringelmann, quando a fonte estiver localizada em até 500 metros acima do nível do mar, e ao padrão 3, quando estiver além dessa altitude.
A Escala Ringelmann é um método óptico de medir a densidade da fumaça, usando como referência sua coloração. No padrão 2, a tonalidade de cinza da fumaça é de 40% e no 3 de 60%.
Essas portarias também obrigam as empresas que possuem frota de veículos movidos a diesel fiscalizar a emissão de fumaça. Durante a construção do Contorno Rodoviário de Barra do Garças, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) executa o Programa de Monitoramento e Controle de Poluição Atmosférica.
Além de controlar a emissão de gases tóxicos do maquinário e equipamentos que funcionam alimentados por óleo diesel, o programa também busca reduzir a emissão de poeira nas frentes de obra do contorno.
O objetivo é reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera e evitar o contato direto da fumaça preta com a população que cerca o empreendimento e os trabalhadores diretamente mobilizados nas áreas de serviço.