A preservação das matas ciliares é essencial para a manutenção da vida aquática e tem uma importância ainda mais significativa em pequenos cursos hídricos, como córregos, riachos, lagos e nascentes.
Também conhecida como zonas ripárias, a vegetação funciona como um filtro entre os terrenos mais altos e o leito dos cursos d’água. Essa barreira reduz o escoamento de sedimentos e impurezas, mantendo a qualidade da água para as espécies da ictiofauna.
Nos pequenos cursos d’água, as matas interagem com os ecossistemas aquáticos ao proporcionar micro-habitat aos peixes e invertebrados que vivem na água, por meio do acúmulo de folhas, galhos, sementes, raízes e insetos dispersados pelas árvores. Essa matéria orgânica ainda serve de alimento para os indivíduos aquáticos, contribuindo com a cadeia alimentar de diversas espécies.
Outro benefício trazido pela vegetação ciliar é o controle da temperatura da água. Estudos apontam que sem a mata, a incidência do sol aquece o leito demasiadamente. O calor e a luminosidade prejudicam o desenvolvimento dos peixes.
Durante as obras do Contorno Rodoviário de Barra do Garças, na BR-070/MT, o DNIT atua em defesa dos recursos hídricos, por meio do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água, e também da ictiofauna, ao executar o Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores. A supressão vegetal da faixa de domínio do empreendimento ainda é acompanhada para que a derrubada de árvores se limite a apenas a quantidade necessária.
O DNIT também atua com a recuperação de áreas degradadas e deve realizar plantio compensatório, como forma de mitigar os efeitos da obra sobre o meio ambiente.
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